19 julho 2010

Prémios "A Melhor Nuvem"

1º Prémio
Alberta Baptista
7ºB

Menções Honrosas

Ana Ferreira
5ºA

Inês Macedo
7ºB

Parabéns aos vencedores e a todos os que participaram.
Boas Férias.

09 julho 2010

Pequeno tornado e "tsunami meteorológico" atingiram ontem o Sul do país

O alerta foi dado por volta das 10h00, quando os ventos já tinham derrubado várias árvores, destruído quatro postes da PT e um cabo de alta tensão.

Contactado pelo PÚBLICO, o Instituto de Meteorologia (IM) admitiu não saber para já o local exacto da ocorrência do fenómeno, mas a Protecção Civil de Beja indica que os ventos fortes afectaram sobretudo a região de Ferreira do Alentejo.

Vânia Lopes, do gabinete de comunicação do IM explica que o tornado de pequena escala terá sido causado por vários fenómenos associados a condições de instabilidade atmosférica, como ventos fortes, trovoadas secas ou molhadas e queda de granizo.

De acordo com o Segundo Comandante Distrital da Protecção Civil de Beja, Carlos Pica, o fenómeno atmosférico causou danos no concelho de Ferreira do Alentejo, na localidade de Odivelas, e em toda a extensão até Alcácer do Sal, já no distrito de Setúbal.

Os ventos fortes provocaram a queda de cinco árvores de grande porte e quatro de médio e pequeno porte, que obstruíram a circulação do trânsito em várias estradas da região. A queda de um cabo de alta tensão provocou um incêndio numa exploração agrícola, rapidamente extinto por elementos das corporações de bombeiros que se dirigiram para o local. Nas operações, estiveram envolvidas cinco viaturas, 17 bombeiros dos Corpos de Ferreira do Alentejo, Beja e Alvito. Carlos Pica garantiu ao PÚBLICO que não há registo de vítimas.

"Tsunami meteorológico" passou despercebido à maioria

Já no Algarve, as oscilações do mar chegaram aos 40 centímetros, apesar de o fenómeno ter passado quase despercebido à maioria das pessoas.

Óscar Ferreira, professor e investigador do Departamento de Ambiente e Ciências da Terra da Universidade do Algarve, assegura que a costa Sul do país foi atingida por um “tsunami meteorológico”, “provocado por uma rápida diferença de pressão atmosférica, dada a passagem de uma frente atmosférica de alta pressão, da parte da noite, na zona de Sagres”.

A onda, detectada em vários marégrafos de Portugal e Espanha, “esteve em ressonância e continuou a fazer-se sentir durante todo o dia de ontem”, disse Óscar Ferreira. O investigador esclarece que “o fenómeno é raro”, “não provocou quaisquer danos” e descarta a hipótese de o aquecimento global estar na origem do acontecimento.
Fonte: Público.pt

06 julho 2010

Cinco primeiros meses do ano foram os mais quentes desde 1880

Os cinco primeiros meses deste ano foram os mais quentes desde 1880, quando começaram a ser registadas sistematicamente as temperaturas, informa um relatório do norte-americano Centro Nacional de Dados do Clima.

Entre Janeiro e Maio, as temperaturas combinadas da terra e dos oceanos estiveram 0,68 graus Celsius acima da média do século XX, indicou, por seu lado, o Instituto de Meteorologia, citado pela agência de notícias France Presse.

Em particular os meses de Março, Abril e Maio registaram temperaturas nunca antes atingidas e uma média de 0,73 graus Celsius acima do século passado. Só o ano de 1998 teve igual número de meses (três: Fevereiro, Julho e Agosto) com temperaturas recorde. Foi também em 1998 que se registaram, nos cinco primeiros meses do ano, as temperaturas mais elevadas antes do recorde do presente ano. Desde o início do ano, o planeta aqueceu sobretudo no Canadá, no Norte dos Estados Unidos, no Sul da Gronelândia, no Norte de África, no Sudoeste Asiático, na Sibéria e no Sul da Austrália. Em contraste, as temperaturas atingiram valores mais baixos do que o normal no Sudeste dos Estados Unidos, na Ásia Central e na Europa Ocidental, tendo a Alemanha tido, este ano, o mês de Maio mais frio desde 1991. Também em Maio, o gelo do Árctico derreteu 50 por cento mais rápido do que o normal para aquele período do ano, assinalou o Instituto norte-americano. As informações sobre o aquecimento global nos primeiros cinco meses do ano surgem no dia em que, por Portugal, os termómetros registam temperaturas na ordem dos 40 graus Celsius. As previsões do Instituto de Meteorologia português apontavam para os 42 graus em Santarém, 40 em Setúbal, Évora e Beja e 39 em Lisboa.
Fonte: Público.pt

Quase todo o país em alerta amarelo de calor

Não quebrou os maiores recordes, mas o calor chegou em força. Os termómetros subiram ontem acima dos 40 graus Celsius em vários pontos do país e vão continuar lá no alto pelo menos até amanhã. Para hoje, a Direcção-Geral de Saúde (DGS) pôs quase todo o país em alerta amarelo de calor, o segundo mais grave. Significa que as temperaturas podem provocar efeitos na saúde. Salvam-se os distritos do Porto e de Viana do Castelo, que estão em situação normal.

A possibilidade de esses dias de calor terem um impacto na mortalidade no país não está descartada. Até ontem, o Índice Ícaro, que procura prever este impacto, apontava para uma situação de possível alerta de onda de calor em avaliação. Trata-se de um degrau antes do alerta de calor, com impactos severos na mortalidade.

Uma onda de calor ocorre quando há pelo menos seis dias com a temperatura máxima cinco graus Celsius acima do valor médio para o período. Mas, actualmente, os responsáveis da DGS não se preocupam apenas com as ondas de calor em si. "A nossa preocupação tem mais a ver com o aumento da temperatura", explica o subdirector-geral da Saúde, José Robalo. Devido à experiência dos anos anteriores, a DGS decidiu este ano antecipar a divulgação de alertas para preparar os grupos mais vulneráveis.

Mortalidade em Maio

Este ano, o aumento da temperatura observado em meados de Maio coincidiu já com um excesso de mortalidade assinalável (349 óbitos acima do esperado), de acordo com os dados do Sistema de Vigilância Diária de Mortalidade do Instituto de Saúde Ricardo Jorge. Os distritos afectados foram então Braga, Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal e Beja.

Entre 31 de Maio e 6 de Junho verificaram-se igualmente temperaturas acima da média para a época em Évora, Beja, Santarém e Faro, mas o impacto na mortalidade foi bem mais reduzido (57 óbitos acima do esperado). "Há uma certa coincidência entre o aumento da temperatura e o aumento da mortalidade, apesar de não podermos dizer que se está perante um fenómeno de causa-efeito", nota José Robalo. O acréscimo na mortalidade em Maio poderá ter a ver com o facto de as pessoas não terem tido um período de adaptação para o calor, porque se verificou uma subida súbita da temperatura, diz.

Desde o Verão de 2003 - que ficou associado a um excesso de mortalidade de quase duas mil pessoas -, a DGS todos os anos desenvolve um plano de contingência para minimizar os efeitos negativos do calor intenso e articular a resposta das diversas instituições. Além do calor, os níveis de alerta da DGS são condicionados também pela amplitude térmica, níveis de ozono e incêndios (emissão de partículas para a atmosfera).

Até ontem, porém, a situação parecia estar calma. No Alentejo, não "havia nada de especial, nem de anormal a registar para a época", segundo o assessor da Administração Regional de Saúde (ARS) local, Mário Simões. Os hospitais e centros de saúde têm todos "climatização" e o problema verificado no Hospital de Elvas, onde um dos dois geradores avariou no fim-de-semana, estava em vias de resolução, acrescentou.

Na região de Lisboa e Vale do Tejo, também não se verificava ontem qualquer acréscimo da procura das urgências, garantiu o assessor da ARS local, Pedro Coelho dos Santos.

O calor desses dias está a ser causado por uma massa de ar quente vinda de África e do interior de Espanha. É o resultado de um centro de alta pressão estacionado sobre o Atlântico e outro no Norte de África, que provocam uma circulação atmosférica de quadrante Leste, trazendo o calor para o sul e interior de Portugal.

As temperaturas de ontem estiveram muito acima do usual para esta época. Os termómetros subiram acima dos 40 graus em quase todo o Alentejo e na região de Lisboa e Vale do Tejo. Coruche, no Ribatejo, registou a maior temperatura - 43 graus - segundo dados provisórios do Instituto de Meteorologia (IM). O recorde para um mês de Julho cabe à Amareleja, com 46,5 graus em 1995.

Lisboa chegou a 40,1 graus, abaixo dos 40,6 graus que atingiu em Julho de 2007. Tanto nesse ano, como em 2006, Julho foi marcado por dias de calor ainda mais intenso do que os que agora se verificam. Embora as temperaturas estejam muito acima da média, não é uma situação completamente anómala. "Picos de calor são normais no nosso clima", afirma a meteorologista Ilda Simões, do IM.

Nas previsões do instituto, o tempo vai-se manter quente pelo menos até amanhã. As temperaturas voltarão a bater nos 40 graus no Alentejo, Ribatejo, Estremadura, Beira Baixa e Alto Minho. A partir de amanhã, ainda assim, haverá alguma instabilidade, com ocorrência de aguaceiros e trovoadas até quinta-feira. Na sexta-feira, a temperatura deverá cair.
Fonte: Público.pt

“A Odisseia de Fernão de Magalhães”